quarta-feira, 5 de novembro de 2008

FÉRIAS

Criança na cozinha: receitas para um lanche especial e uma refeição japonesa.Quase toda criança sonha com as férias, mas se não há viagem ou programa mais diferente em vista, em pouco tempo já se escuta o “mãe, o que é que eu posso fazer?” Ir para a cozinha e preparar alguma coisa gostosa para um lanche da tarde ou mesmo para o almoço ou o jantar é uma boa solução, pois além de distrair e divertir bastante, o resultado sempre compensa.A hora do lanche é sempre uma delícia! Com ela vem aquela sensação gostosa de sair da rotina da semana, do arroz, do feijão, do bife, do filé de frango ou do frango assado, dos legumes refogadinhos, da farofa, do ovo frito, do ovo mexido, da omelete, de uma massa ou até de uma salada. Muitas vezes, esses lanches do sábado ou do domingo à noite ficam por conta de sanduíches com queijos, presunto, salames, salsichas ou de uma pizza bem gostosa, mas, por que não variar um pouco e preparar algumas receitas com jeitinho de lanche, todas bem gostosas, não muito complicadas, para agradar tanto as crianças como os adultos?A primeira das receitas que escolhi é o Bolo de carne moída, que fica muito macio, perfeito para servir em fatias grossas com ketchup, mostarda, batatas chips fritas ou, ainda melhor, com uma saladinha. Ele é mesmo muito fácil de fazer, só é preciso picar a cebola e o alho, misturar todos os ingredientes como explicado na receita, colocar na forma e assar até dourar. Vale a pena experimentar. Nos Estados Unidos, eles gostam tanto desses bolos de carne que sempre fazem quantidades maiores para sobrar bastante e usar como recheio de sanduíche no dia seguinte.Depois vem o Rocambole de presunto e queijo, que todo mundo adora. A receita é grande, rende 2 rocamboles de uns 40cm de comprimento cada um e, dependendo da fome e do que mais você preparar, dá até para 8 pessoas, uns 4 adultos e umas 4 crianças. Pode parecer trabalhoso, pois você terá que preparar uma massa de pão, mas não se preocupe, não é nenhum bicho-de-sete-cabeças e nem precisa deixar crescer demais, pois a massa fica fininha e não como um pãozinho e a casa ainda vai ficar muito perfumada.Quando a gente pensa em preparar um pão, o primeiro passo é comprar o fermento biológico, que por ser fresco (vendido no balcão de gelados, normalmente perto das manteigas e margarinas, em pacotinhos com 4 tabletes de 15 g cada um) ou seco (fica junto do fermento químico para bolo, vem numa caixinha com alguns envelopes, e cada envelope costuma valer por 2 tabletes de fermento fresco. Quando eu posso escolher, compro o fresco, mas costumo ter sempre uma caixinha do seco na despensa, pois nem sempre dá para comprar o fresco na hora em que dá vontade de fazer pão. O fresco precisa estar bem fresco, pois quando está velho e embolorado ele não funciona e a receita não dá certo mesmo.É importante saber que o fermento biológico é cheio de matéria viva e, quando entra em contato com a água ou o leite, a farinha, o açúcar e os outros ingredientes da receita, como o sal, a manteiga, o óleo ou o azeite, o ovo e o que mais você usar para deixar o seu pão mais saboroso, vai fazer a massa fermentar, crescer, ficar macia, bem elástica e, depois de assar, vai produzir um pão bem fofo, com uma textura totalmente diferente da massa de um bolo, que é macia, mas se esfarela (só para você entender um pouquinho a diferença, para fazer bolo, o mais comum é usar fermento químico, que é uma mistura de bicarbonato de sódio, cremor de tártaro e maisena, entra em ação com o calor do forno, faz o bolo crescer e firmar).As regrinhas básicas para conseguir um bom pão: 1) Sempre dissolva o fermento em água ou em leite morno (se estiverem frios ou gelados, o fermento vai demorar muito tempo para começar a agir, quando estão quentes, o calor mata o fermento, portanto, morno é mesmo a solução: encoste a ponta do dedo e veja se está só um leve quentinho), junte mais ou menos 1 colher de sopa de açúcar (se a receita levar mais do que isso, separe o restante para juntar depois) e 1 xícara de farinha de trigo, misture e deixe essa massinha básica, que se chama “esponja”, descansar por uns 10 minutos, até surgirem várias bolhas na superfície. 2) Então, junte o sal, mais açúcar se a receita pedir, os outros ingredientes como ovo, manteiga, óleo, azeite e, aos poucos e misturando com uma espátula ou uma colher de pau, vá juntando farinha até a massa encorpar. Quando não for mais possível mexer com a espátula, comece a misturar com as mãos, e continue a juntar farinha aos pouquinhos (para a massa não ficar seca) e a trabalhar até formar uma bola de massa bem macia e que descole das suas mãos. Passe a massa para uma tigela grande e limpa, cubra com um pano e deixe crescer num lugar que seja protegido de vento por mais ou menos 1 hora, até dobrar de tamanho. Quando estiver bem crescida, amasse a massa com as mãos por uns 2 minutos, modele o pão como pedir a receita e deixe crescer mais uma vez antes de assar (são esses repousos para crescer que deixam a massa fermentar e crescer, para depois, já no forno, crescer mais um pouquinho, assar, firmar e criar uma crosta dourada). Para o rocambole, depois de abrir a massa com um rolo, você vai cobrir tudo com um pouco de molho pronto de tomate, fatias de presunto e de mussarela, vai polvilhar com orégano e queijo parmesão ralado, depois vai enrolar, passar para a assadeira e assar até crescer e dourar.A terceira receita vem para deixar o seu lanche realmente especial: é um Doce bem gelado de chocolate que não leva mais do que 10 minutos para preparar, mas precisa de pelo menos 1 hora e 30 minutos no freezer (o ideal é deixar no freezer por umas 2 horas) e só leva 3 ingredientes: chocolate em pó, creme de leite de latinha ou de caixinha e suspirinhos (compre os suspirinhos no supermercado ou na padaria).Mas as receitas não param por aí. Criança gosta e muito de comida japonesa. Que criança não se diverte com uma tigelinha de "goran" o "arroz que gruda"? Ou com outra de missoshiro, a sopinha básica que normalmente leva caldo de peixe, missô (uma pasta de soja fermentada), pedacinhos de tofu (queijo fresco de soja), rodelinhas de cebolinha, além de muitas vezes também vôngole e pedacinhos de peixe? E por que não com um prato de yakissoba, aquela massa grossinha e resistente, bem amarelinha, que vem com tirinhas de carne e de legumes?E quem pensa que criança só gosta dos pratos quentes está muitíssimo enganado. Os sushis e temakis, os bolinhos ou cones feitos de alga, aquela folha verde bem escurinha, que quase parece um papel e serve para embrulhar um pouco de arroz e outras coisas mais, como pedaços de salmão, de atum, camarão, manga, pepino e ovas de peixe fazem o maior sucesso. Por incrível que pareça e por mais estranho que muito adulto possa achar, tem muita gente pequena que adora ovas, tanto as bem miudinhas, que são as de peixe voador ou de arenque, e podem ser amarelinhas, alaranjadas, vermelhas e pretas, como as grandes, de salmão, que parecem pedrinhas preciosas.É claro que sair de casa para jantar num restaurante japonês é sempre uma delícia, mas também pode ser bem divertido e gostoso preparar uma refeição japonesa na sua casa. Pensando nisso, escolhi uma sopa Missoshiro, um Yakissoba; Sushis de salmão e Califórnia. Nada muito complicado e tudo gostoso.Fazer sushis pode ser uma verdadeira farra: o mais demorado é o preparo do arroz, pois ele tem de ser feito com antecedência para poder esfriar bem. Tente comprar uma esteirinha para sushis (você vai encontrar na prateleira de produtos japoneses do supermercado), mas, se não conseguir encontrar, não se aflija e prepare seu sushi sobre um pedaço de filme plástico. Aprendendo a base, em pouco tempo você se tornará craque e conseguirá preparar sushis deliciosos e bem variados. Se você ainda não teve oportunidade ou coragem de experimentar, pense bem e arrisque um pouquinho. Pode ser que no início ache alguns sabores meio diferentes, mas tenho certeza de que vai gostar. Outra coisa: faz parte do ritual japonês comer de palitinho, ou melhor, o hashi. No começo talvez você se atrapalhe um pouquinho com eles, mas vale a pena aprender, pois comer comida japonesa de garfo e faca é muito sem graça. E não se esqueça de providenciar várias tigelinhas para servir e comer. Se quiser deixar tudo ainda mais emocionante e no clima da terra do sol nascente, tente improvisar um quimono, uma faixa no cabelo e até mesmo uns risquinhos nos olhos com um lápis de maquiagem.Para o sushi, o fundamental é usar um peixe mmmmmuuuuuuiiiiiiiitttttooooooo fresco. Na hora de comprar, diga ao peixeiro que o peixe precisa estar muito fresco, pois sera comido cru,Encontrar os ingredientes básicos que entram nas receitas japonesas não é complicado. Em São Paulo, além das lojas de produtos orientais, localizadas principalmente no bairro da Liberdade, muitos supermercados comuns têm pelo menos uma prateleira que oferece vários ingredientes e utensílios de origem japonesa. Isso, é claro, sem falar no shoyu, na massa para yakissoba, no vinagre de arroz, no missô e no tofu, que a gente acha em qualquer lugar. Algumas dicas quanto aos ingredientes: Arroz - o arroz japonês tem um grão bem redondinho, diferente do arroz mais comprido e fininho que a gente come com feijão no dia-a-dia. Ele fica bem "grudento" depois de cozido, por isso é bom tanto para comer com palitinhos, pois não escorrega, como para ser moldado como bolinhos e se transformar em sushis ou em temakis. Gergelim - sementinhas que podem ser clarinhas ou escurinhas, cruas ou torradas e entram no preparo de vários sushis, dando sabor e um crocantezinho gostoso. Hondashi - é um caldo de peixe em pó vendido em pacotinhos. É claro que um caldo de verdade, feito em casa com as carcaças do peixe, é muito mais saboroso e gostoso, mas como nem sempre isso é possível, o hondashi é uma boa solução. Kombu - alga usada para deixar o arroz do sushi mais saboroso e perfumado. Massa para yakissoba - uma massa de trigo e ovos, bem amarelinha, com os fios mais grossinhos e elásticos. Se não encontrar, use massa instantânea. Missô - pasta de soja, vendida em potinhos iguais aos de margarina. Dura um tempão na geladeira e é fundamental para dar o gostinho especial do missoshiro. Nori: é a folha de alga verde bem escurinha que serve para embrulhar os sushis e temakis. Parece uma folha grossa de papel e vem em pacotes com umas 10 ou 20 unidades. Saquês mirim e kirim - aguardente de arroz, o mirim é adocicado. Eles entram ma misturinha de saquê, vinagre de arroz, açúcar e sal que serve para regar e dar sabor ao arroz do sushi. Shoyu: molho fermentado de soja. Não dá para falar em cozinha japonesa sem shoyu. É bem escuro, salgadinho e entra no preparo tanto de pratos quentes como vai à mesa, em tigelinhas, para molhar a pontinha dos sushis antes de comer. Tofu - é o queijo de soja. O tofu fresco, que é o que costuma entrar em cubinhos no missoshiro, é vendido em cubos grandes na parte de gelados do supermercado. Vinagre de arroz - é um vinagre leve, não muito ácido, usado no tempero do arroz do sushi. Wasabi - ou raiz forte, é bem verdinha, ardidinha e picante. No supermercado, é encontrada tanto em pó (é só misturar água até virar uma pastinha) ou já em pasta (nuns tubinhos como os de pasta de dente).

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